28 de setembro de 2012

Feliciano apresenta projeto da “Segunda Sem Carne”

foto CONAVET

Ao menos um dia por semana, a carne estará fora dos pratos de escolas, lanchonetes e restaurantes estaduais de SP. É o que consta do Projeto de Lei 580/2012, apresentado esta semana pelo deputado Feliciano Filho (PEN-SP). Só na rede Bom Prato, isso significaria 6 tonelada a menos de carne, o equivalente a 30 vacas adultas.
O projeto institui a “Segunda Sem Carne” em restaurantes, lanchonetes, bares, escolas, refeitórios e estabelecimentos similares que exerçam suas atividades nos órgãos públicos do Estado de São Paulo. Segundo a justificativa do projeto, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para as conseqüências do consumo de carne e de seus derivados, relacionando tal questão diretamente aos direitos dos animais, à crise ambiental, ao aquecimento global, à perda de biodiversidade, às mudanças climáticas e às diversas doenças que afligem a população humana, incluindo doenças cardiovasculares, doenças crônicas degenerativas, colesterol elevado, diversos tipos de câncer e diabetes.
O próprio Ministério da Saúde afirma isso, ao publicar no “Guia Alimentar”, em 2006, que ‘uma alimentação rica em proteínas animais contém altos teores de gorduras totais e de gorduras saturadas, portanto poderá não ser saudável’.
Não se pode esquecer que, assim como nós, os demais animais querem ser livres e ter uma vida normal junto a membros da sua espécie. Desde milênios, o homem vem explorando e subjugando os animais, os quais, considerados inferiores, são transformados em mercadoria. Impedi-los de desenvolver uma vida plena não é justo, já que possuímos alternativas saudáveis e menos impactantes para nos alimentar.
“Se aprovarmos este projeto, conseguiremos uma boa diminuição na demanda de consumo de carne no estado de SP,” explica Feliciano. “Hoje, as pessoas comem um pedaço de carne como se estivessem comendo uma fruta ou qualquer outro alimento, sem pensar como foi parar em seu prato, ou seja, as pessoas não têm conhecimento do quanto de sofrimento um ser vivo teve que passar para que aquele alimento chegasse até ali.”
Para Feliciano, essa é uma ideia que pode se espalhar por todo o Brasil. “A nossa esperança é que este projeto tenha o mesmo efeito da Lei Feliciano, que aprovamos primeiro em Campinas, depois em todo o estado de São Paulo e, hoje, já é lei em quatro estados e está tramitando em muitos outros,” concluiu o deputado.

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