Na ânsia de tirar do poder o governo Petista (afundado em denúncias e condenações por corrupção) o brasileiro elegeu para presidente, Jair Bolsonaro, um parlamentar de trajetória simplória, que em mais de 20 anos no cargo apenas chamava atenção da imprensa por suas colocações esdruxulas, racistas, homofóbicas e absurdas.
O homem que teve 5 filhos, "sendo 4 homens, porém na quinta deu uma fraquejada e veio uma mulher", a favor da caça como esporte, que já declarou ter praticado sexo com animais, que acha que as leis devem ser feitas para beneficiar as maiorias e que as minorias devem se curvar às maiorias, que é contra a demarcação de terras indígenas, que prefere um filho morto do que um filho gay, favorável a tortura, que pensa que mulher deve ganhar menos porque engravida, que afirma que o nazismo é de esquerda, que acha que parlamentar não deve andar de ônibus.
Cansados de tantos escândalos, quase 58 milhões de brasileiros, em lugar de votar naquele que considerassem como mais capacitado (reconheço que tivemos os piores candidatos ao cargo de todos os tempos), decidiram pelo voto de protesto e escolheram este homem caricato de mal gosto, mas que no fundo reflete muito do que estava embrenhado neles.
Com esse advento, temos visto aflorar em nosso convívio pessoas das quais nunca imaginamos existir. Essas pessoas, hoje, se sentem livres e incentivadas para explicitar o seu racismo, sua homofobia, misoginia e xenofobia. Bradam abertamente pela volta da ditadura, não se intimidam em dizer que o certo é matar, tal qual os militares faziam, apoiam e defendem cegamente os absurdos que o presidente que elegeram tem feito, tal qual os petistas que gritam aos ventos que Lula e o PT não são corruptos.
Enquanto isso, em pouco mais de seis meses o presidente do Brasil apresenta-se como autoritário, daquele tipo de gente que só aceita quem concorda para as suas ideias. Que desde Janeiro tem governado a partir da administração do ódio que sucedeu sua campanha, baseada no mesmo sentimento.
Através da administração da violência (a qual seus seguidores denominam "autenticidade"), e que de certo modo acaba por violentar toda a população, Bolsonaro encontrou um jeito de se tornar onipresente. É impossível passar um dia sem pensar no Bolsonaro. O presidente do Brasil está sendo mundialmente conhecido por defender a ditadura, considerar herói nacional o primeiro militar condenado pela Justiça Brasileira pela prática de tortura durante a ditadura, justificar decapitações em presídios, ridicularizar a necessidade da preservação do meio ambiente, defender a exploração de terras indígenas, estimular a exploração econômica das terras indígenas, por exonerar o mensageiro e não combater a tragédia do desmatamento (caso do INPE). Confesso que eu mesma, ao ligar o rádio diariamente, já me preparo para a "pérola do dia". O que será que nos aguarda hoje? Por qual motivo seremos chacota hoje perante o mundo? O que podemos perder com tudo isso?
Como se não bastasse tudo isso, o presidente do Brasil mente!
Bolsonaro não se importa em mentir descaradamente. O presidente tem chamado de mentirosos os dados divulgados, sempre que não gosta dos resultados. Como no caso INPE, uma instituição governamental que divulgou dados que não eram "do agrado" do governo, que em reação exonerou o diretor da instituição e nunca apresentou os "dados verdadeiros". Aliás ele também mandou fazer uma "limpa" no IBAMA e ICMBio , instituições responsáveis, dentre outras atribuições, a aplicar multas por desmatamento.
Bolsonaro quer adulterar a história e mascarar dados científicos de interesse mundial. Nesse governo, a verdade passa a ser a que ele quer que seja, e o Brasil está nas mãos deste homem pelos próximos anos.
Os mais de 42 milhões de brasileiros (dentre os quais estou incluída), que se encontram no limbo entre os 47 milhões de petistas e os mais de 57 milhões de bolsominions, não sabem como reagir a isso. O atual presidente pode mentir, desmentir, inventar uma realidade que não corresponde aos fatos, exonerar quem discorde de suas ideias e promover aos mais altos cargos públicos pessoas totalmente incapacitadas, mesmo que seja seu filho, sem ser parado pelas instituições.
Estamos anestesiados, estarrecidos, sem esperança no futuro... Incapazes de enxergar uma luz no fim do túnel. E apenas se passaram sete meses.
Afirmou o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira foi morto pelo "grupo terrorista" enquanto a Comissão da Verdade afirma que ele foi "preso e morto por agentes do Estado brasileiro"
Afirmou que os dados que apontaram o desmatamento na Amazônia, que aumentou em 278%, produzidos pelo conceituado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, eram mentirosos.
Exonerou, por decreto, todos os 11 peritos de seus cargos no Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), o único grupo que fiscalizava e combatia torturas em presídios. Vale ressaltar que, desde 2007, após ratificar o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura (criado pela ONU), o Brasil se compromete legalmente a manter um órgão para a prevenção e combate à tortura; no caso, o MNPCT, instituído pela Lei nº 12.847.
Exonerou, por decreto, todos os 11 peritos de seus cargos no Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), o único grupo que fiscalizava e combatia torturas em presídios. Vale ressaltar que, desde 2007, após ratificar o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura (criado pela ONU), o Brasil se compromete legalmente a manter um órgão para a prevenção e combate à tortura; no caso, o MNPCT, instituído pela Lei nº 12.847.
Como se o elencado não fosse o suficiente, nosso presidente indicou seu filho para ser embaixador nos Estados Unidos... o filho! Ele exaltou que a qualificação do filho para o cargo é o fato de Eduardo ser o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e falar inglês e espanhol, além de ter feito intercâmbio no país. Bolsonaro afirmou, em vídeo, que pretende beneficiar o seu filho, sim! Isso é um caso escancarado de nepotismo!!! E aos que defendem a indicação, chancelando-a, eu pergunto: Se não fosse filho do presidente, Eduardo Bolsonaro seria cogitado para esse cargo, que dentro do Itamaraty é considerado um dos mais importantes e o final de uma carreira de sucesso?
E tem mais, o presidente afirmou que caso o Senado barre seu filho, ele poderá colocá-lo no Ministério das Relações Exteriores. E ninguém vai impedir, pior é que eu acredito!
Bolsonaro está deixando aflorar sua autocracia( forma de governo na qual há um único detentor do poder político-estatal, isto é, o poder está concentrado em um único governante), que está acima de todos os outros poderes e concentra em si os três poderes do constitucionalismo moderno - legislativo, executivo e judiciário.
Para nos aterrorizar ainda mais, nossas instituições nada tem feito para barrar essa escalada de poder, assistem de braços cruzados essa trajetória e se colocam a serviço desse governo.
Para fechar com chave de ouro, na última semana nosso presidente se comparou ao personagem Johnny Bravo, que de fato carrega características semelhantes com a figura do presidente, só que reprováveis. Loiro, fortão, que vive fazendo poses de macho... um tipo patético.
Horrorizados e desesperançosos seguimos observando nosso presidente Johnny Bravo Bolsonaro... narcisista, burro e egocêntrico. O presidente simplório que não entendeu que o desenho é uma chacota do homem que Bolsonaro tenta ser.
Horrorizados e desesperançosos seguimos observando nosso presidente Johnny Bravo Bolsonaro... narcisista, burro e egocêntrico. O presidente simplório que não entendeu que o desenho é uma chacota do homem que Bolsonaro tenta ser.
Tão Bolsonaro!