11 de janeiro de 2011

Encontrei um animal perdido, e agora?


Ao encontrar um animal perdido, dois pontos devem ser levados em consideração:
  • Ele pode ter sido abandonado.
  • Ele pode estar perdido e seu dono procurando por ele.
Segundo estudos 70% dos animais das ruas são perdido e somente 30% abandonados.

A primeira coisa que você deve fazer, levá-lo a um veterinário para verificar seu estado de saúde.

Castre-o, vacine-o, vermifugue-o e dê-lhe lar temporário enquanto procura um dono pra ele. Se não tiver um cantinho em sua casa, procure um vizinho ou parente que possa ajudar.

Tente encontrar seu tutor:

Faça cartazes e divulgue no bairro que você encontrou o animal, leve principalmente a Pet Shops, clínicas veterinárias, e locais de grande movimento como ponto de ônibus, padarias etc.

Tente doá-lo:
  • Castre-o.
  • Anuncie-o em sites e adoção. 
  • Inscreva-se em feiras de adoção.
Nunca leve-o a um abrigo, muito menos ao CCZ:

Lembre-se um abrigo não é um lugar onde este animal será feliz, e muito possívelmente ele morrerá lá sem nunca ter a possibilidade de encontrar um lar.

Os CCZs são locais muito infestados por doenças, possívelmente este amiguinho logo será contaminado e morrerá sem ao menos ter tratamento.

Fora do Estado de São Paulo possívelmente este animal será morto em 3 dias depois de você entregá-lo. Em São Paulo existe uma lei que proíbe que os CCZs matem animais sadios.

Protetores de animais:

Os protetores de Animais são pessoas exatamente iguais a você, eles não recebem nenhum tipo de ajuda, ao resgatarem um animal são obrigados a tratar, vacinar, vermifugar, castrar e abrigar este animal até que consiga doá-lo. Todos estes gastos são pagos com recursos próprios.

A maioria dos protetores estão com suas casas lotadas de animais, e muito dificilmente poderão abrigar mais este que você encontrou.

Mas eles podem sim ajudar na divulgação da doação, pois têm acesso a vários sites com esta finalidade, mas lembre-se:

Só o farão se o animal estiver castrado e vacinado.

ONGS Protetoras de Animais:

A maioria das entidades protetoras de animais não têm condições de abrigar animais, por não possuir abrigos.As que têm abrigos, na maioria das vezes, estão super lotadas e mal têm condições de se sustentar.

Se você encontrou um animal abandonado, não fuja da responsabilidade.

Não tente empurrar a responsabilidade pra ninguém.Lembre-se que se cada um fizer um pouquinho, muitas vidas serão salvas.

Não há nada mais recompensador do que a certeza de ter salvo uma vida!

Castrações gratuitas:

A Prefeitura da cidade de São Paulo lançou campanha gratuita de castração de cães e gatos que vivem em todas as regiões do município.

Todos os cães e gatos (machos e fêmeas) com mais de dois meses de idade podem ser castrados.

A inscrição deve ser feita na sede do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, na Rua Santa Eulália, 86, no bairro de Santana Tel: 11 3397-8900

Não é preciso levar o animal para a inscrição. A inscrição e a castração são gratuitas.

Na inscrição, o CCZ vai agendar a operação do animal para uma clínica particular conveniada que estará perto do bairro onde o dono do animal mora.

O tutor do animal deve levar para a inscrição carteira de identidade, o CPF e comprovante de residência na cidade.

É exigido atestado de vacinação do animal contra a raiva. Não esqueça.

Os tutores podem inscrever no programa de castração até 10 animais.
 Não perca esta oportunidade gratuita.

Um serviço da Prefeitura essencial para controlar a população de cães e gatos na cidade e evitar ninhadas indesejadas, que são motivo de abandono de filhotes. A castração traz muitos benefícios, clique aqui.

Indique para os vizinhos e aos amigos, porque a divulgação cabe a todos que amam os animais. A cirurgia é feita em um único dia e não precisa internar no animal na clínica..

Mais informações tel:11 3397-8900

Castrações com preços reduzidos:

13 comentários:

dsdsdss disse...

"dê-lhe lar temporário enquanto procura um dono pra ele."

Mas a realidade é: não é garantido que ele terá um dono. Então não dá prá pensar que o lar será temporário, porque pode não ser.

Claro, vai depender bastante de você se esforçar para encontrar. Mas não totalmente. Não é garantido que esse dia chegará. E você vai ter que tomar a decisão de resgatar + fazer todas essas coisas listadas acima MAS pensando: "e SE, mesmo depois de todos os meus esforços, eu não encontrar um lar para ele?".

Todas essas coisas da lista são bem úteis, mas tá faltando um pitaco de realidade. Ok, temos como recorrer a boas ajudas e ninguém responsável quer passar a batata quente para outro - protetor independente ou ONG. Mas não dá prá achar que é só seguir esses passos que tudo vai ocorrer bem. Daí, o que nos resta?

Assim como o ideal é achar um lar e não deixá-lo num abrigo, o ideal também não é largar na rua de volta. Mas entre o ideal e virar o rosto ao passar na rua pensando "não tenho condições de resgatá-lo e arcar com essa insegurança de que posso não encontrar um dono", o que você faria?

Lilian Rockenbach disse...

Bem, sou protetora há alguns anos e nesse período sempre doei todos os animais que resgatei (e foram muitos entre adultos, ninhadas, mutilados, cegos e cardíacos). É uma questão de responsabilidade, empenho e dedicação.

Entendo que você não é ativista porque se todos pensarem como você o mundo continuará sendo o mesmo, ou será pior.

As vezes um animal aparece na sua frente para você mostrar o ser humano que é...

Se você não está disposta a ajudar e acha que essa "batata quante", que eu prefiro chamar de vida, vai "sobrar" na sua mão, talvez seja melhor nem ajudar a este animal, porque uma pessoa que encara um ser indefeso como "problema", não deveria sequer se aproximar deles.

É uma pena que enquanto tantos tentar ajudar, existam pessoas inseridas no movimento que fazem exatamente o contrário.

Sugiro aos que pensam como você que quando encontrar um animal perdido, siga o seu caminho e deixe que alguém que o encare como vida ajude.

Adriana disse...

Eu tenho três cachorros em casa que retirei da rua. Dois foram doados... Um foi devolvido um ano depois com a justificativa de que não tinham dinheiro para a ração. Na verdade eu sei que o motivo era outro. O gênio do cachorro.
Outro, um llasa apsu pequeno, tive que pegar de volta um anos depois, veio sem o rabinho. Enfim, mesmo adorando os animais hoje em dia não tenho como tirar um da rua para dar lar temporário. Realmente eu acho uma situação extremamente difícil de ser contornada. Hoje em dia não tenho coragem de doar nenhum dos meus cães, já peguei amor por eles.

dsdsdss disse...

Realmente não sou protetora, sou voluntária da causa animal ajudando de diversas outras formas além do resgate. O resultado já retornou em algumas dezenas de adoções recompensando toda a dedicação.

Questionar uma importante dúvida que faz parte da grande maioria das pessoas que não são ativistas mas que querem ajudar não é "exatamente o contrário". Não-ativistas não são o outro extremo dos ativistas, não é branco ou preto. Se preocupam mas se vêem de mãos atadas por ter que conviver com o a dúvida de que o lar temporário não seja tão temporário assim, ou até mesmo, tenha que acabar sendo o definitivo. Justamente por se tratar do resgate de uma vida é que levanto esta questão.

Andréa disse...

Infelizmente, nem todas as pessoas que se preocupam têm condições de levar um animal para casa!

Há casos, assim como o meu, de gente que simplesmente não tem onde colocar o animal e nem tem dinheiro para abrigá-lo em hotel! Sem falar dos casos em que o animal visivelmente vai precisar de tratamento e a pessoa não tem como pagar!

Eu tenho consciência de que não posso resgatar nem um passarinho! Mas, nem por isso, eu deixo de morrer um pouco por dentro quando vejo um animal na rua.

Mesmo sabendo que os protetores estão lotados de animais, eu tento falar com eles sim...

Mesmo sabendo que vou ouvir coisas como "Pq vc não vai lá e resgata?" ou "Não queira tranferir a responsabilidade", eu tento de todas as formas achar alguém que possa ajudar!

Se não conseguir ninguém, paciência! Mas ainda acho que é melhor tentar qualquer coisa que passar e fingir que não viu!

Acho que quem pode fazer o mínimo, deve fazer! Quem pode dar um lar temporário, deve dar! Quem pode resgatar, deve resgatar!

Infelizmente, muito gente quer, mas não pode!

E o que se vê é alguns "protetores" crucificando quem quer ajudar mas não tem condições de abrigar um animal.

Resta saber o que é melhor: Tentar achar alguém que tenha a mínima condição de ajudar ou simplesmente ignorar um cão necessitado na rua?

dsdsdss disse...

Pois é, "Mim". É fácil dizer "Pq vc não vai lá e resgata?" quando quem diz isso é quem opta por/tem condições de resgatar. Como se todas-as-pessoas-do-mundo-que-não-resgatam são ruins, com má vontade ou não se interessam "o suficiente" pelos animais. Não é bem assim. Cada um tem os seus limites, sejam por condições financeiras/físicas/whatever.

Julgar o quanto uma pessoa pode ajudar ou não (MUITAS vezes sem nem ao menos conhecê-la) é um radicalismo desrespeituoso, na minha opinião. Se meu limite é até ali, é porque existe um limite que eu tenho que lidar. Se esse limite muda (para melhor ou para pior), eu serei a primeira pessoa a mudar meu alcance de ações. E isso é pessoal, vai de cada um. Quando recebo pedidos de ajuda como "ah, se eu pudesse eu ficava com o cãozinho eu ficava, mas tenho mais 5 resgatados da rua morando comigo, 12 estão em um sítio que eu pago mensalidade, 3 estão internados no vet e eu não recebo ajuda de ninguém, meu marido tá desempregado, eu moro em tal lugar...", dá vontade de responder "Ei, Fulana! Não precisas te justificar!". Afinal, ninguém tem que saber que dificuldades envolvem a vida dela para que ela não possa resgatar/ficar com o cão. Ela não pode e pronto, não tem que ficar explicando para daí poder ser "bem julgada" por algum tipo de comitê ou algo assim. Quando recebo qualquer pedido de ajuda seja para resgate, custos ou para divulgar para doação, não me importa porquê ela está pedindo ajuda. Importa que ela está se importanto com a vida do cão e que não pode arcar com todas as ações. Basta eu avaliar (daí dentro dos meus limites) o que posso fazer para ajudar. E sem julgar.

Andréa disse...

Priscila, a causa animal precisa de mais gente assim! Gente que não questione a boa vontade dos outros e nem fique tentando medir o quanto os outros se importam!

Quando as pessoas começam a ser julgadas, acabam se afastando...

Muita gente deixa de ajudar pq pode fazer pouco e fica com receio de ser questionada, julgada e humilhada como eu já vi várias vezes.

Se cada um fizesse o "pouco" que pode, a situação estaria bem melhor! Esse "pouco", no fim das contas, conta pra quem realmente precisa. E quem realmente precisa são os animais, que acabam sempre perdendo quando há essa guerra de egos...

dsdsdss disse...

Oi Mim, sabe que eu acho que até existem várias pessoas assim? Só que a gente não enxerga muito porque que elas não se expõem tanto - talvez justamente por escolherem não comprar a briga ou não botar lenha na discussão. Comecei a perceber isso depois de uns 2 anos convivendo na proteção; foi um alívo não me sentir tão deslocada.

- Menos julgamentos e mais abertura para dar e receber pequenas ou grandes ajudas.
- Menos brigas de egos, como comentastes.
- Mais foco nos animais com consciência das consequencias das ações e dos limites, sem extremismos.

Na minha modesta opinião, acho que é isso que estamos precisando hoje em dia.

Soraya disse...

Mim e Priscila,

é um alento para mim ler seus comentários. Fico desanimada quando vejo alguns radicalismos de partes tão diferentes e outras nem tanto, se colocando em lados aparentementes opostos de uma causa. Alguém que procura uma ONG ou protetor para tentar ajudar um animal resgatado não necessariamente está tentando se livrar de um problema como já ouvi tantas vezes. Entender as possibilidades e limitações (materiais, emocionais, de tempo) das pessoas também se faz necessário. Com empenho, dedicação e tolerância, tudo fica mais fácil.

dsdsdss disse...

Legal que pensas parecido, Soraya. Espero que te incentives a colaborar com o que podes ao te deparares com um animalzinho precisando de ajuda, sem te preocupar em ser julgada.

Quer saber? Ajuda no que podes e que se lixe as caras feias! Muito melhor pensar na motivação do olhar de um serzinho quando ajudado. Essa sim, vale a pena!

Thais disse...

Tem um Golden perdido próximo ao Plaza Shopping, em Niterói!

Sociedade Protetora dos Animais de Pirangi disse...

Em casa faço um lar de passagem permanente onde em 5 anos já consegui doar mais de 200 animais, nem todos os animais adotados foram para pessoas que acabaram cuidando como deveriam como constatei depois, inclusive recolhendo novamente alguns. Pode demorar mais ou menos tempo mas o animal acaba achando um candidato a dono. Obs só acabei adotando em definitivo pra mim animais com perda de pata ou mancando por atropelamentos, pois esses sei que precisam de cuidados permanentes e as pessoas tb acabam "refugando" esses.

Sarinha Lopes disse...

Eu achei um cachorrinho poodle na rua . abandonado, sujo e com fome.
Já tinha visto ele outras vezes na rua mais achei que tinha dono, depois de um tempo vi ele de novo, então revolvir cuidar e amar. (da um lar) fiquei com ele quaze um mes. ja amava sem limetes. e pensava " meus deus não é possivel que ele tenha dona, com uma pessoa deixa um animalzinho desse chegara essa condição?" tentei saber de quem era e mesmo assim não encontrei. no dia 25 de agosto, a dona veio em minha casa querendo ele de volta. fiquei revoltada em ver que ela nao amava ele. dava pra ver no rosto dela. chorei muito. então no dia 26 ela veio paegar ele, eu nao queria entregar mais nao ficaram bizinando no meu ovido que eu tinha que delver. fiquei sozinha lutando pelo meu amor incodicional, mais foi em vao entrequei e to morrendo de saudades dele. e sei que ela nao tem condições de manter-lo e o pior nao dar amor e carinho a ele por que segundo ela ele ja foi pra rua outras vezes. creio em DEUS que terei ele de volta. mas enquanto isso nao paro de pensar nele. a saudade castiga o coração de uma mãe. ;(´´