14 de janeiro de 2011

Censo da USP conclui que em 20 anos a população humana será superada pela canina



De 2002 a 2008, população canina da capital cresceu 60% e a felina, 152%, aponta censo animal da USP. Já o número de paulistanos só aumentou 3,6% no período

FELIPE ODA, felipe.oda@grupoestado.com.br

 
Em 2030, a população humana de São Paulo poderá ser superada pela canina. Seremos 12,482 milhões de pessoas contra pouco mais de 13 milhões de focinhos na cidade. Mas isso só ocorrerá se a média de crescimento dos cães, observada entre 2002 e 2008 pelo censo animal, realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, for mantida nos próximos 21 anos. Enquanto o número de paulistanos cresceu 3,6%, em 6 anos, a quantidade de cães aumentou 60% e a de gatos, 152,17%, de acordo com o estudo encomendado pela Prefeitura de São Paulo. A pesquisa visitou 12 mil imóveis residenciais e comerciais, nos 96 distritos da cidade, e não contabilizou os animais denominados "errantes", que vivem nas ruas sem os cuidados de uma pessoa. 

Em 2008, segundo o censo da USP, a população canina alcançou 2,4 milhões e a felina, 580 mil. No levantamento anterior, realizado em 2002 pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão da Prefeitura, indicava que, naquele ano, havia na cidade 1,5 milhão de cães e 230 mil gatos supervisionados, que têm algum responsável. 

Calcula-se que para cada 4,5 moradores de São Paulo exista um cão. O bairro do Grajaú, no extremo sul, é a região com maior quantidade absoluta de cachorros: 135 mil. Apesar disso, no Campo Belo, também na zona sul, a proporção entre habitantes e cachorros é maior: há um cão para cada paulistano que vive no bairro. Bimbo, um cocker spaniel inglês de 4 anos, é um deles. Ele mora e passeia todos os dias pelas ruas da região."É a minha sombra, meu neném. O Bimbo é um membro da família", conta a engenheira Monise Villano, de 30 anos. A região com menor quantidade de cachorros por habitante é o distrito de José Bonifácio, na zona leste. Lá, para cada 13,6 moradores há um cão. 

Segundo o professor de Medicina Veterinária e coordenador da pesquisa, Ricardo Augusto Dias, os números ajudam a desconstruir a "falsa impressão de que existe mais cães na periferia do que em regiões nobres". "Não existe uma relação em ter mais ou menos cães com o nível socioeconômico. Acreditamos que a quantidade está ligada ao espaço disponível para criar o animal", afirma. Assim, bairros compostos por imóveis com áreas externas grandes abrigam a maior parte da população canina. "Já em áreas verticalizadas, independente se ricas ou pobres, a concentração de felinos é maior", afirma Dias. "Percebemos que nos bairros e residências com maior concentração de idosos, casais com filhos pequenos ou famílias grandes, há mais animais", diz a veterinária Bianca Davico Canatto, que também coordenou a pesquisa.

Pensando em aumentar a "família", composta, atualmente, por Nikita, uma pit bull de 8 anos, e duas poodles, Meg e Bambina, de 7 e 11 anos, respectivamente, o empresário Danilo da Silva, de 22 anos, sonha em se mudar. "Quero ir para um espaço maior. Convenci minha mulher, não queremos ter filhos, mas pretendemos criar mais cães", diz. Eles vivem em um apartamento no Butantã, na zona oeste.

População felina

O crescimento da população felina é ainda mais expressivo. Em seis anos, o número de gatos duplicou. No entanto, os motivos do aumento ainda serão estudados. O distrito de Raposo Tavares, na zona oeste, abriga a maior quantidade de gatos: 29 mil. Estima-se que para 19 homens na cidade exista um felino.


FONTE: JORNAL DA TARDE




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