22 de julho de 2017

Censo aponta a quantidade de cães e gatos domiciliados em São Paulo



'Recolher na rua’ é a principal forma que os paulistanos adquirem gatos, segundo Inquérito de Saúde Pública (ISA Capital).

Já  os cachorros, em sua maioria, são dados de presente. A pesquisa não conseguiu levantar a procedência deste "presente": se foi comprado, adotado ou recolhido nas ruas, no entanto ela esclarece que um animal dado de presente pode não ter o perfil esperado pelos novos donos, causando transtornos para a família e propiciando seu abandono. Em relação aos gatos, as pessoas são menos exigentes, não havendo diferenças de porte, nem predileção por animais de raça, e isso pode explicar o fato de que as principais formas de aquisição declaradas sejam pegar na rua (28,5%) e adotar (25,6%)

No levantamento de 2003, realizado em 2002 pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o órgão da Prefeitura indicava que, naquele ano, havia na cidade 1,5 milhão de cães e 230 mil gatos supervisionados, que têm algum responsável. Em 2008, segundo o censo da USP, a população canina alcançou 2,4 milhões e a felina, 580 mil. Já ano de 2015 a população canina domiciliada diminuiu, sendo estimada em 1.874.601 enquanto a felina aumentou, girando em torno de 810.170 gatos.

Isso equivale dizer que existe 1 cão para cada 6 pessoas e 1 gato para cada14 pessoas na capital paulista.

Cães estão presentes em 28,6% das residências entrevistadas pelo ISA. Houve uma queda de 8% em relação à edição do ISA 2008 que registrou a presença de cães em 36,6% das casas. A quantidade de gatos aumentou em mais de 50%, saindo de 5%, em 2008, para 7,7%, em 2015. Houve também acréscimo no número de residencias que possuem ambos.

A pesquisa aponta ainda que 38,5% dos cães e 61,1% dos gatos domiciliados são castrados, e que 87,2% dos cães e 68,1% dos gatos foram vacinados contra a raiva. 





PROGRAMA DE CONTROLE REPRODUTIVO

O controle reprodutivo dos cães e gatos foi iniciado pelo CCZ em 2001, com o Programa Saúde Animal (PSA) - Lei Municipal 13.131 de 18/5/2001. Em 2008 sobreveio a Lei Estadual 12.9166 que dispôs sobre o controle da reprodução de cães e gatos e regulamentou a eutanásia de cães e de gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres.

De 2001 a agosto de 2008, as castrações eram realizadas na forma de mutirões por cinco ONG conveniadas. A partir de dezembro de 2008 o programa foi implantado com a contratação de clínicas veterinárias particulares.

Em 2001 foram esterilizados pelo PSA 739 cães e 464 gatos. Em 2008, com a implantação do PPCRCG foram 7.779 cães e 8.252 felinos. Em 2016 foram 36.159 cães e 46.805 gatos, totalizando, desde a implantação do programa em 2001 até dezembro de 2016, 404.114 cães e 423.678 gatos esterilizados 





Os dados oficiais demonstram que na "Gestão Kassab", 2009 a 2012, o número de castrações realizadas pela Prefeitura teve um aumento significativo. Enquanto em 2008 foram realizadas menos de 20 mil castrações (somente em mutirões), no último ano de sua gestão este número ationgiu 110 mil animais castrados, e foram incluídas, no Programa, as Clínicas Particulares Conveniadas, uma conquista muito negociada pela Comissão de Protetores formada após a Manifestação "CCZ: Muda ou Fecha", veja também aqui. No entanto a atenção ao Programa foi descontinuado na "Gestão Haddad", 2013 a 2016, e os números de animais castrados registram considerável diminuição. Vale lembrar que o Programa funciona com verbas empenhadas no ano anterior, ou seja, as castrações realizadas em 2013, na Gestão Haddad, foram realizadas com as verbas empenhadas em 2012, na Gestão Kassab.

Desde 2008, quando se iniciou a contratação de clínicas particulares para a realização de cirurgias de esterilização, até 2016, do total de animais castrados pelo serviço público 57,4% (180.485) dos cães e 60,1% (212.693) dos gatos foram operados em clínicas contratadas e 42,6% (126.434) dos cães e 39,9% (133.129) dos gatos em mutirões.

Leia o Estudo completo ISA [PDF] > goo.gl/wTW7KQ

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