22 de junho de 2016

Elefanta mais velha em cativeiro morre aos 69 anos abandonada em zoológico



A mais velha elefanta asiática em cativeiro faleceu na última quinta-feira (26) no zoológico Inokashira, em Tóquio.

Hanako tinha 69 anos e funcionários do local disseram tê-la encontrado no chão de sua gaiola durante a manhã, diz o Inquisitr. Eles tentaram levantá-la para que ela não morresse por asfixia, mas não conseguiram e a elefanta faleceu durante a tarde.

Embora a causa da sua morte seja desconhecida, o chefe do zoológico Kiyoshi Naga disse que Hanako morreu pacificamente e sem sofrimento. Foi alegado que uma autópsia foi agendada para esta sexta-feira para tentar descobrir a causa da morte.

“Eu queria que ela vivesse um pouco mais. Quero agradecer a todas as pessoas que amaram Hanako durante todos esses anos “, disse Nagai.

Mesmo que a notícia da morte de Hanako seja triste, aparentemente ela atingiu as expectativas de vida normais para elefantes asiáticos.

Supõe-se que os paquidermes podem viver 60 anos na natureza, mas suas vidas são muito mais curtas quando eles são confinados em zoológicos.

De acordo com o Japan Times, o governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, disse em um comunicado que Hanako chegou ao Japão logo após a guerra e que a amada elefanta “deu sonhos e esperanças para as crianças”.

“Sua morte é realmente lamentável, mas eu rezo por ela do fundo do meu coração”, afirmou.

Hanako, cujo nome significa “criança florida,” foi transportada para o Japão pela Tailândia como um símbolo de amizade em 1949. Após viver no zoológico Ueno, em Tóquio, por alguns anos, ela foi transferida para Inokashira em 1954.

Nos últimos meses, a elefanta ganhou a atenção internacional.

O blogueiro canadense Ulara Nakagawa disse que ficou chocado ao saber que a longa memória da elefante seria preenchida com momentos de solidão pois ela “em um dos mais cruéis e arcaicos zoológicos do mundo”.

Nakagawa escreveu em seu blog que a elefanta era mantida sozinha no zoológico.

“Hanako está completamente sozinha em uma pequena caixa de cimento, sem nada para confortá-la ou para estimulá-la. Ela apenas está lá, parecendo quase sem vida”.

Funcionários do zoológico mantinham a elefanta sozinha porque a consideravam “agressiva”.

Nakagawa postou uma petição online, que ganhou mais de 469 mil assinaturas recomendando que Hanako fosse transferida para um santuário de elefantes na Tailândia.

No entanto, quando Nakagawa encontrou-se com um especialista em animais no zoológico, as autoridades disseram que era “tarde demais” para transferir Hanako e que, na sua idade avançada, ela provavelmente iria morrer – o que fatalmente ocorreu após uma vida inteira de exploração.

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