16 de janeiro de 2014

ANIMAIS VIVOS USADOS EM EXPERIÊNCIAS




Quanto mais pesquiso, mais me convenço de que a utilização de animais vivos para cursos de medicina humana ou veterinária é, na maioria dos casos, totalmente dispensável. 
Lendo um texto do Sergio Greif me deparei com um fato tão claro que somente ele já justifica a abolição do uso de animais para experiências em praticamente todos os casos de estudos de doenças. 
É mais ou menos assim: 
“Se um cientista resolver testar em jovens de 20 anos medicamentos para doenças que acomentam os idosos os resultados nunca seriam satisfatórios, pois jovens não são o modelo adequado para o teste, apesar de ser da mesma espécie. E como se justifica estes testes serem feitos em animais?” 
Todos sabemos das diferenças entre os mamíferos diversos, cada espécie tem suas diferenças, que por menores que nos pareçam, são fundamentais para diferenciá-las. E isto traz para cada espécie uma resposta diferente para cada droga testada, por exemplo. 
Até nos “seres humanos” isso acontece! 
Não é novidade pra ninguém que um mesmo medicamento tem reações adversas em diferentes pessoas. Nosso metabolismo é assim. 
Quantos medicamentos testados por anos em animais, ao serem testados em humanos tiveram que ser modificados ou mesmo abandonados por não causarem nos humanos nenhum benefício, ou ao contrário, serem altamente tóxicos? 
E quantos animais sofreram e perderam suas vidas para que se chegasse a esta conclusão?
Será difícil de entender que para humanos o “modelo ideal” para testes são os humanos?
Principalmente porque o teste de drogas para cura de doenças graves são feitos por vários anos em animais, para então chegarem nos humanos. Muito provavelmente durante este tempo muitas vidas se perderam.
 O que esperar de testes para a cura da AIDS serem feitos em animais que normalmente não desenvolvem a doença por exemplo? E se estes testes tiverem êxito, o que garantiria que em humanos teriam o mesmo resultado. 
A ciência evoluiu, não se justifica o sofrimento da experimentação animal que sabidamente não trará resultados nos humanos, mas trará certamente lucro às industria farmacêuticas. 
Seria uma utopia pedirmos a abolição da do uso de animais, mas em nome da ética, a ciência tem por obrigação buscar métodos alternativos para reduzir ao mínimo esta utilização.
Lilian Rockenbach

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